22 de junho de 2014

Chutar o balde é a solução?

Por Nathália Penteado

Chutando O BaldePreciso confessar, estou de saco cheio de tudo, do excesso de trabalho, da solidão, dos problemas, da falta que eu sinto dos amigos. Da minha falta de coragem, do meu medo, da insegurança, da falta de atitude, de não saber falar NÃO, de não saber impor o que eu quero.

Tudo tem sido tão difícil e não ter o apoio e pior não ter amigos com quem conversar, sair e distrair é a pior parte. Fui tão seleta as minha amizades, diga se de passagem que não totalmente por mim culpa, que hoje, por mais estranho que seja sou uma pessoa totalmente solitária e que não vislumbra um futuro tão diferente disso.

Porque?

Oras, em Setembro completo 25 anos, para uma pessoa com essa idade, sem amigos, sem uma vida normal, sem sair de casa, com muitas responsabilidades, não podemos ver um futuro muito promissor, no mais daqui alguns anos ainda estarei morando com meus pais, sozinha, profissionalmente realizada, ou extremamente obesa ou sei lá o que! Parece pessimismo, mas não é, sem fui bem realista, apesar de gostar de uma boa fantasia. Ouvi uma vez que eu teria uma vida linda entre outras coisas que prefiro não entrar em detalhes.

Sei que as coisas não são como agente quer, e sim como as coisas devem ser, mas eu já estipulei metas objetivas de vida, se elas não acontecerem, elas serão abortadas e assim tomarei outros rumos na minha vida.

Se eu estiver fazendo algo errado, paciência, deixarei para corrigir em outra oportunidade, ou vida, sei lá.

Entendo que minhas postagens tem ficado depressivas e chatas, mas este é o único canal que eu tenho para expressar e botar para fora tudo o que eu estou sendo, visto que não tem ninguém com quem compartilhar e despejar todos esses sentimentos em alguém não seria saudável nem para mim muito menos para a pessoa.

Embora eu perceba que muitas vezes me deparo com pessoa com dó de mim, devo lhes dizer que não tenham, pois eu mesma não tenho, e acredito que como todo ser errante cometo erros que eu mesma discordo de minhas atitudes.

Uma coisa que eu aprendi é não mendigar sentimento ou compaixão das outras pessoas. Cada um tem o fardo que lhe cabe, o meu é pesado, mas foi o que eu escolhi, eu desejei estar aqui, viver isso, e assumir coisas que não me pertencem, logo esse fardo é meu e somente cabe a mim definir como seguir minha vida, claro que com os passo guiados por ELE.

Eu virei escrava do meu descontentamento com o vida, com a falta de amor próprio, com a falta de empenho comigo mesma. Virei prisioneira do meu corpo, da minha falta de auto estima.

Eu fico tentando concertar todo mundo, deixar todo mundo bem e eu vou me anulando, posso dizer que há anos eu não existo mais. Como já disse outras vezes não me reconheço mais em fotos, não me reconheço no espelho e pior tenho consciência de tudo isso que está acontecendo. Não é como no Alzheimer quando nosso cérebro vai diminuindo e a pessoa vai desaparecendo do corpo e quem sofre é a família e não o portador da doença. É uma demência social, consciente e pior definida por atitudes da própria pessoa.

Na fuga mental de tudo tentamos forçosamente, ser as vezes alguém que não somos e acabamos mentindo somente para nós mesmos.

Enfim… segue a vida, mesmo agente discordando do rumo que ela vem tomando.